quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Genial

"A idéia".
E que idéia genial.

O monólogo da Fernanda Young vem pra Campinas. Vi hoje, passando pelo quiosque do Teatro Tim no shopping Dom Pedro. Estréia dia 17 de setembro, pelo que minha miopia me permitiu ver.
Eu não poderia estar mais feliz.

Ou melhor, poderia.
Não fossem as pautas que saem do nada e vão pra lugar nenhum.

Sobre a peça, ainda não sei de detalhes. Mas assim que souber, posto.
Primeiro, na verdade, vou comprar meu ingresso. Só pra garantir minha vaga antes que a divulgação lote todas as sessões.

sábado, 23 de agosto de 2008

Sobre shows em Campinas

Ou, pelo menos, os que tenho frequentado.


Dia 15 foi show da Adriana Calcanhotto, no SESC.
Fui de curiosa, não sabia cantar as músicas e não me esforcei para chegar perto do palco. Vi de longe, mais pelo telão, mas gostei do que vi.
Não acho que seja o tipo de show para aquela ocasião: todo mundo em pé. Música da Calcanhotto é música pra ouvir sentado, pensando na vida e na letra.
Ah, e claro, no quanto a cantora toca. Porque isso é espetacular.

Dia 21 foi show da Ana Cañas, na Livraria Cultura.
Nesse já fui sabendo pouco mais das músicas. E foi de graça, num pocket show da livraria.
Ela cantou Bob Dylan, Cazuza e as músicas do seu CD Amor e Caos. Gostei muito da música, do canto e da simpatia. É pena que não foi muito divulgado e não tinha tanta gente. Pena pra quem não foi, digo. Porque quanto menos gente na platéia, mais pocket é o show. E tenho certeza que todos que estavam gostaram muito.

Ontem. Aaaah, ontem! Maria Rita na Excalibur.
A casa de shows abriu às 21h. Cheguei com minha amiga quase às 22h. Entramos e já fomos para a pista, ficar o mais perto possível do palco, pra ver o show e não só ouvir!
O show, aliás, estava previsto pra começar às 23h 30. E esperar até aí já foi um sacrifício. Tive de tudo: dor nas costas, no braço, na perna.
Com quase uma hora de atraso, Maria Rita entrou no palco. Nessa hora, todas as dores, claro, passaram.
As músicas eram do CD Samba Meu, mas algumas das antigas, como Pagu, A Festa e Cara Valente estavam lá.
Nesse show sim: sabia todas as músicas e cantei, gritei, fotografei - com o celular.


O celular, aliás, derrubei no chão depois de tirar essa foto. Mas peguei, ele tá aqui comigo, tá tudo bem.
A Maria Rita tinha cancelado o show em Santos no dia anterior, porque passou mal. Dava pra ver que ela estava um pouco cansada, de fato. Eu, particularmente, tive a impressão, em alguns momentos, de que ela ia desmaiar.
Mas foi apenas minha burra impressão. Ela ficou de pé, sambando daquele jeito e fazendo caretas daquele jeito, do começo ao fim. E que show! Até ela se emocionou.
Gostei muito, muito mesmo e disse pra minha amiga que veria o mesmo show logo em seguida.
Digo o mesmo a vocês. Ou você.

Decidi há algum tempo que não gosto de críticas. Críticas sobre um show, uma peça, um livro..Mas hoje acho que decidi de fato. Não sei. Acho que não gosto das que falam mal, porque acho inconveniente meter a boca em alguém que dedicou tempos e tempos a um trabalho pra outro alguém - eu, não -, em cinco segundos, destruí-lo. Prefiro só ignorar o que não é bom. Embora também não ache que seja a melhor das posturas e nem que disse alguma coisa que preste nessas linhas acima.
Enfim. Sei que não pretendo fazer isso.
Sendo assim, nenhum desses comentários foram críticas, avaliações. Foram comentários.
Reles opiniões de mim.

E essa última frase daria um belo título, não?

Não.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Sem graça

Já usei este espaço, algumas vezes, pra escrever sobre a Fernanda Young. Quem me conhece, também sabe que às vezes gasto um tempo falando sobre ela e as coisas que ela escreve. Mas nada de idolatria, de beijar o chão em que ela passa ou "você é famosa, vamos ser amigas". Não acredito nessas coisas e não sei porque elas existem. Admiração, outra coisa, completamente diferente, justifica o que digo. Queria sim escrever como ela e ter as idéias que ela tem. Não a conheço pessoalmente, por isso não digo que quero ser como ela. Mas queria sim, pelo que vejo, ser uma tentativa frustrada ao menos.
Tudo isso, no fim, pra dizer que a Fernanda sempre diz que seus romances dizem muito sobre si mesma. E dizem tanto, que ela nem pode dizer o que. Digo isso porque posto abaixo não um romance - jamais, atenção, ousaria -, mas uma história parcialmente fictícia. Mas só eu sei e saberei o quão verdadeira é - e talvez mais um, dois ou três alguéns. Mas não acho que seja possível dizer exatamente. E as comparações - que nunca existiram - se encerram por aqui.


"Ontem, quase bati o carro indo pra faculdade. Óbvio que a culpa não foi minha. Por mais que dizer isso faça parecer o contrário.Também troquei a medalha de bronze do Brasil por uma de ouro. Mordi minha língua enquanto mastigava um bife.Um bife, aliás, terrivelmente salgado.

Fui dormir ontem e acordei hoje. É.
Hoje, falei muito o que não devia. O que não precisava, talvez. O que incomodou, certamente.
Fiz brincadeiras com humor zero e inconveniência cem. Não perdi a piada, quase perdi o amigo e percebi que não acredito mais no que acreditava. Não perco mais o amigo. Perco sim a piada.
Enquanto vejo TV, lembro que tenho que trocar de roupa. Mas lembro também, que não fico bem em qualquer uma delas.
Que meu cabelo está pior do que nunca.
Que quero comer alguma coisa.
Que, se abrir a geladeira, não vou querer comer mais nada.
E que esqueci meu casaco preferido no restaurante...
A semana ainda não acabou. Tá no meio. Mas não, não vou pensar que ela não está boa e que comecei com o pé esquerdo. Não! Vou sair e levar a vida ué.
Mas tá frio.
Onde eu pus meu casaco?


Ah..."

O título? Sem graça mesmo. Em todos os sentidos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Cadê a vara?

Do G1:

Após sumiço da vara de Murer, CBAt pede anulação da prova, mas ouve não
Martinho Santos, chefe da delegação do atletismo, preenche formulário e entrega à organização. Porém, restou apenas um protesto formal

"Em virtude do sumiço de uma das varas de Fabiana Murer nas Olimpíadas de Pequim, o chefe da delegação do atletismo brasileiro, Martinho Santos, entrou com um pedido de anulação da final do salto com vara. No entanto, o júri da organização da modalidade já negou. Ficou apenas um protesto formal.

Fabiana Murer é detentora da terceira melhor marca do ano. Ela saltou 4,80m (recorde sul-americano) em 2008, ficando só atrás da americana Jennifer Stuczynski (medalha de prata), que alcaçou os 4,92m, e da russa Yelena Isinbayeva (ouro), dona do novo recorde mundial (5,05). Se saltasse com a vara adequada, Murer poderia ter ficado à frente da terceira colocada, a russa Svetlana Feofanova, que não passou dos 4,75m ou até empatado com a vice-campeã da prova, com 4,80m."


(Para ler na íntegra, clique aqui.)

Na terra do yakisoba, essa história acabou em pizza mesmo.

sábado, 16 de agosto de 2008

Ai mundo..

Vou contar uma história que meu avô me conta enquanto minha avó reclama, dizendo que é uma "extracharia". "Extracharia" - não estou certa se grafo corretamente, ou mesmo se há uma grafia correta - significa, na língua da minha família, uma coisa fraca, porcaria por si só. Um dia ainda documento todo o vocabulário.
Enfim..A história é a seguinte:

Uma senhora tinha um gato chamado Mundo. Belo dia chegou em casa uma visita para a senhora, uma amiga. A senhora, sem nome como a visita, foi recepcionar a outra. No entanto, havia deixado um frango assado em cima da mesa, tirado então do forno, quentinho e douradinho.
Mundo, o gato, morria de fome. E sua dona, a mulher, havia sido pega na conversa de forma inescapável pela visita inoportuna. Idosas, o assunto regido era o falecimento de amigos, já que a visita vinha trazendo a notícia de mais um deles que se ia. Gato sabido, Mundo percebeu que sua dona não poderia sair da companhia da visita e deixá-la às lágrimas. Correu para a mesa, prendeu o frango nos dentes e o levou para baixo do sofá. A dona via, desesperada, seu frango ser comido aos poucos. E desesperava-se mais por não poder fazer nada, já que a visita lhe prendia na prosa. Soltou, então, a moral da história:
- Ai Mundo, de um em um vai indo tudo..
- É, daqui a pouco vamos nós - respondia a visita, mal sabendo que, de fato, a senhora falava com o gato dos Mundos.

Tudo isso para dizer que o mundo levou mais um hoje. Dorival Caymmi, com 94 anos, partiu na manhã deste sábado.
Entre inúmeras e belas composições, destaco Marina. Belíssima letra e que meu avô - o mesmo narrador da bela história do Mundo - canta pra mim há 19 anos.
Não canso de ouvi-lo, se querem saber.
E é uma bela homenagem às Marinas. O que me envergonha de ter prestado ao autor tão fraca homenagem com a história do Mundo.

Aqui, um vídeo com "A preta do Acarajé", com voz, violão e composição de Caymmi.
Crédito pro pessoal da comunidade de Dorival no Orkut.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

História mal contada. Duas vezes.

Passeando pelo blog do Paulo Henrique Amorim, encontrei um post sobre Dantas. Na verdade mais, mas comento um.
Sobre as versões diferentes dadas por Dantas em NY e na CPI, Paulo Henrique reproduziu um texto da Teletime. Embaixo, comentou:

"Em tempo: vamos imaginar que Elliot Ness, da Polícia Federal, tenha prendido Al Capone. Finalmente, depois de todo mundo saber – a Polícia estadual, o Judiciário, o Legislativo – que Al Capone contrabandeava uísque falsificado do Canadá para vender nos speakeasy de Chicago. Mas, Elliot Ness era corajoso e honesto. Resistiu a todas as pressões. E conseguiu pôr algemas em Capone. Aí, o Congresso americano montou uma CPI para tratar da Lei Seca. Chama Al Capone para depor, como suspeito de ser o maior contrabandista de uísque dos Estados Unidos. O deputado Joseph Kennedy, que distribuía uísque de Al Capone no mercado de Boston, presidente da CPI, fez uma pergunta de bandeja para Al Capone. Al Capone acusa Elliot Ness. Diz que ele era um policial desonesto, movido por interesses subalternos quando decidiu, por fim, colocar as algemas nele. Caro leitor, você acha que o Chicago Tribune, o principal jornal de Chicago, seria capaz de dar credibilidade a Al Capone e colocar na manchete essa “suposta” acusação a Elliot Ness ? ? Nem pensar, não é isso, caro leitor ? Pois foi o que a Folha fez: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cp14082008.htm."

O post inteiro é mais interessante do que minha reprodução. Mas mais que os dois, é, de fato, a manchete da Folha.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sem assunto

Ainda não continuo minha sessão especismo, que mantenho firme mesmo sem audiência. Dou este intervalo por preguiça e cansaço. E não tenho do que falar... Vou dar uma olhada nas manchetes de alguns sites para ver alguma coisa de que reclamar ou me divertir:

UOL - Massagistas cegos viram nicho de mercado na China - Seria para massagear cantora mirim feinha demais para os pequenos olhos chineses?

TERRA -
Sobrinha de Gretchen e amiga fazem topless na praia - Aparentemente a capa da Sexy, auto-nomeada a atual rainha do bumbum, se aproveitou do tempo nublado para ficar de peitinho de fora. Agora pergunto: se não tinha sol, fez topless pra que? Tomar sombra no mamilo? Respondo: pra paparazzi e adolescente de mão peluda de plantão apoiar a sua candidatura a sucessora de sua tia no ramo da bunda.

CNN - Daqui tiro uma propaganda. Nos EUA, onde a discussão sobre a questão especista e do abuso de animais é bastante discutida, as empresas tentam se adaptar, como nesta propaganda.
É o abate humanitário (sim, este É o nome dado) de que já se fala por aqui. Proponho outro termo, adaptado de um grande nome de nossa política: ao invés de "estupra mas não mata", "mata... mas não estupra"... come depois.


FOX News -
Bigfoot Body? - Pra quem achava que que a última bomba dos EUA estava no Iraque, uns gringos juram ter em mãos o DNA do PÉ GRANDE. Será para teste de paternidade? Notícia de Diario Popular, heim?


Cheguei a procurar em site francês, inglês e espanhol mas não achei... Não que não tenha nada, mas já estava com preguiça demais.



terça-feira, 12 de agosto de 2008

"É cada duas que parecem uma"

O Terra - e tantos outros - publicou hoje a verdade por trás da garotinha de 9 anos que cantou na abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim.
A menina que apareceu para o mundo, e que dublou a voz real, se chama Lin Miaoke e tem nove anos. Já Yang Peiyi é a cantora de 7 anos que emprestou voz à atriz.

O Terra, se clicaram, diz o seguinte:
"...a verdadeira cantora não era bonita o suficiente para representar a China, admitiu o diretor musical do espetáculo."
E diz também:
" 'Queríamos passar uma imagem perfeita e pensamos no que seria melhor para a nação', declarou Chen Qigang em entrevista à televisão chinesa(...)"

Se Yang Peiyi fosse mascarada e ninguém soubesse, já seria ruim o suficiente. Tanto pior é o fato de se tornar público que uma menina de 7 anos não era "bonita o suficiente para representar a China".

Fatos e argumentos preconceituosos - ou não -, do tipo "chinês é tudo igual", não serão usados nesse espaço.
Apenas quero opinar e imaginar o trauma que isso pode causar na garota que cantou. Imaginar que daqui a uns anos, ela pode ler a notícia ou alguém vai contar - e alguém VAI contar. Imaginar que, quando isso acontecer, ela vai se sentir bem, sabendo que não era tão bonita com 7 anos para representar seu País.

E olha que é muito difícil um adulto dizer que uma criança não é bonita com 7 anos. Primeiro porque crianças podem ser fofas pela idade e pelo tamanho. Segundo porque é cruel julgar a beleza de alguém que não está fisicamente definido. Prova disso é que, como diz o Terra, a garota é "uma menina gordinha de sete anos com os dentes fora do lugar".

A notícia foi publicada em um site chinês. E depois de algum tempo foi deletada.
Por quê?
Não sei. Só imagino.
Mas agradeço por não estar lá e ter a certeza de que esse texto não terá o mesmo destino.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Noções básicas de especismo (ou como o ser humano é egoísta) - aula 1

Nunca em toda a minha história de soma tratei deste assunto, mas já está mais do que na hora.

Abordarei o tema em mini-textos nas minhas próximas colunas (?) de (espero) fácil digestão para que a digestão de carne de animais mortos seja repensada.


1- O termo segundo o Wikipedia

O especismo é uma discriminação muito arraigada culturalmente e não tão reconhecida socialmente. Baseia-se na diferença de espécie. De modo similar ao sexismo ou ao racismo, a discriminação especista pressupõe que os interesses de um indivíduo são de menor importância pelo mero feito de se pertencer a uma determinada espécie. De acordo com a igual consideração de interesses, qualquer que seja a espécie, os interesses semelhantes devem ser respeitados. Inferir dor num animal sem se preocupar com isso, é ignorar o princípio básico da igualdade, que parte da premissa da igual consideração de interesses.

Origem

O termo foi cunhado por Richard D. Ryder e usado por ele a primeira vez em 1970 em um panfleto, mais tarde foi adotado por autores como Tom Regan e Peter Singer.


Tipos de Especismo

Existem basicamente dois tipos de especismo. O mais comum, o especismo elitista é o preconceito para com todas as espécies que não a humana. Este tipo de especismo tem ligação bastante próxima com o antropocentrismo muito disseminado em culturas patriarcais ocidentais. A outra forma de especismo, é aquele que escolhe uma(s) espécie(s) como alvo da discriminação. Por exemplo, algumas pessoas podem acreditar que nunca deva se tirar uma vida de um cão e gato, mas ao mesmo tempo podem ao ignorar o direito à vida de um boi ou porco, se alimentando destes.



domingo, 10 de agosto de 2008

Viva, viva...

Sábado, dia 9, mais conhecido como ontem. Chovia um pouco, mas saí de casa. Choveu muito enquanto estava na rua. E choveu nada quando cheguei em casa. Como de praxe.

O lugar onde estava enquanto chovia é o que merece comentários. Bar Sociedade Alternativa.
Sentei com uns amigos, bebi e comi.
Os lanches, aliás, são interessantes. Todos com nomes de pessoa. Por coincidência, as meninas da mesa pediram lanches masculinos e os meninos pediram femininos. Não lembro todos, mas lembro do Ivan Lopes, do Eduardo e da Taís. Todos muito bons, diga-se de passagem.

Um dos lanches, por sinal, se chamava Paulo Planta. Coincidência ou não, é o nome de um jornalista que conheci enquanto fiz estágio no jornal. E não pedi o Paulo Planta. Achei estranha a sensação de comer um lanche com um nome conhecido. Os que comi, excelentes.

Tem Marina também! É um pão com presunto e queijo.
Manjericão e algo mais que esqueço, para não dizer que é só um tostex.

O bar tem discos de vinil pela parede e performances diferentes, como a apresentação da noite de ontem, com atrizes e um ator, que declamaram poesias, cantaram, dançaram...
É pena que não deu para vermos na íntegra, porque bem na hora da apresentação, o céu caiu e tivemos de sair.

De qualquer forma, importa aqui a dica do bar. Sociedade Alternativa fica na rua Sampaio Ferraz, número 447, no Cambuí, em Campinas.
Desejo noites estreladas para quem for. É sempre melhor. Pra qualquer lugar, aliás.

sábado, 9 de agosto de 2008

Conflitos internos e externos

Pois não é que no primeiro dia após minha promessa em que deveria ter postado eu me esqueci... Pensei em inventar uma descula, dizer que o Seedy me deixou na mão ( o que é tão comum que nem eu ia duvidar de minha mentira), que meu Ipod pegou vírus e precisei levar para uma cirurgia... enfim, pensei em escapar pela porta dos fundos porque no último post de Marina Aranha, a autora fugiu de seu costumaz profissionalismo e me ACUSOU de fazer promessas em seu nome, ficando assim muito chato pro meu lado ficar sem escrever no meu primeiro dia pós-compromisso... Mas esclareço três coisas:

1- Esqueci mesmo. Tive muito tempo para escrever e mesmo assim não o fiz.

2-
Dona Aranha, apenas prometi com o nome Soma porque um professor de voz rouca e grave do curso de jornalismo me revelou: o pronome pessoal eu não deve ser utilizado no jornalismo. O motivo: é muito piegas. Eu concordo. Eu nunca diria eu em um veículo sério como o soma, já que eu sou também sério e eu não tenho a menor intenção de ser piegas. Eu espero que eu tenha deixado este ponto bem claro e quero frizar que a promessa foi feita em meu nome e cabe somente a mim não cumpri-la.

3- Não é fácil criar o hábito e disciplina para a construção de um texto a cada dois dias, mas o mais difícil é achar um bom tema, boas fontes e uma boa costura. Juntar os dois pontos então... Muito longe de minha capacidade.

Agora vamos à atualidade

CHINA
A abertura dos jogos olímpicos foi um espetáculo. Este que vos escreve só teve a oportunidade de ver um pequeno pedaço de uma reprise e alguns trechos que foram reproduzidos em looping por emissoras que não se permitem perder uma gota do suco. Do que vi, o que mais me espantou foram os blocos humanos. Cerca de 800 chinesinhos sem contato com os parceiros tinham que cronometrar os movimentos ensaiados por 10 meses pois não viam o que os outros (nem mesmo o que eles próprios) estavam fazendo. E nesta cegueira reproduziram a grande muralham, caracteres chineses e até as ondas formadas por gotas na água. Já dizia Guy Debord em A Sociedade do Espetáculo " Toda a vida das sociedades em que dominam as condições modernas de produção aparece como uma imensa acumulação de espetáculos"
Mas o mais esperado foi mesmo a queima de fogos. Os chineses são famosos por abrir fogo. Pelo menos desta vez não cobraram o preço dos rojões dos familiares dos que estavam presente. Este é outro costume chinês.

Na mídia

A Folha de S. Paulo abre a edição de hoje com uma foto da cerimônia de abertura, ocupando mais de dois terços da primeira página. Embaixo da foto avermelhada, a manchete: Russos invadem Geórgia após ataque a separatistas. O Estadão deu destaque igual à festa em Beijing, mas abriu com a matéria sobre o conflito.

CÁUCASO

Entenda o conflito Geórgia - Ossétia do Sul – Rússia





















Contexto: a continuação da guerra fria

A Ossétia do Sul, estopim do conflito, fia na região do Cáucaso do Sul (centro-sul da Eurásia) e declarou independência da Geórgia em 28 de novembro de 1991, após o colapso da União Soviética, mas não obteve reconhecimento de nenhum país. Com idioma, cultura e raízes étnicas diferentes da Geórgia, os ossetianos do sul querem se juntar à Ossétia do Norte, república autônoma da federação russa, o que não é aceito pelos georgianos, que representam menos de um terço da população de 70 mil habitantes (quase 90% com cidadania russa) da Ossétia do Sul.

A Geórgia tem o apoio dos EUA e, um gasoduto ligando a Rússia à Europa, o que faz do conflito uma herança da Guerra Fria trazendo a tona o que está realmente em jogo: a disputa de controle do Cáucaso entre Moscou e Washington.

Atual conflito

2004 – Eleito como presidente da Geórgia Mikheil Saakashvili, que declara a possibilidade de dialogar e conceder autonomia à Ossétia do Sul, contanto que a região continuasse como integrante do Estado da Geórgia.

2007 – Ossétia organiza referendo extra-oficial e as autoridades locais declaram que a esmagadora maioria rejeita a união com a Geórgia.

2008 – Abril :A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) declara admitir a possibilidade de incluir a Geórgia como membro da aliança militar. A Rússia, que não aceita a influência da Otan na região, se irrita e reforça laços com a Ossétia do Sul.

Julho: Governo russo admite a invasão do espaço aéreo georgiano, na região da Ossétia do Sul

Agosto: Geórgia ataca a Ossétia do Sul, buscando reunificar a região e Rússia responde ao ataque. Segundo Vladmir Putin, premiê russo, “a guerra já começou”.

FONTE: BBC / WIKIPEDIA/ FOLHA DE S. PAULO

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A nova lei

Hoje me comprometi a postar. Não sei bem como vai funcionar essa promessa onde um promete em nome do outro e o outro fica sabendo através de uma intimação do outro. Espero que funcione da minha parte. E hoje vai a primeira tentativa. É nós.
Não tenho assunto, no entanto, relevante, para que gastem seus preciosos tempos comigo. Apenas comentarei.

Sobre o enredo do novo filme do Eddie Murphy, o G1 publicou:

"No longa, Murphy é o pequenino capitão da nave espacial que tem a missão de resolver a crise de energia em seu planeta de origem. A tripulação deve achar um objeto parecido com uma bola de beisebol que caiu por engano na casa de uma família nova-iorquina e jogá-lo no mar. A questão é que a bola vai drenar os mares e, além de acabar com o problema de abastecimento deles, destrói a vida na Terra. Uma questão que o capitão, após se acostumar com o nosso jeito de viver, vai ter que decidir. Mas o roteiro não é importante. A trama é só uma desculpa para Eddie Murphy se mostrar. E ele aparece em dose dupla."

Alguém diga ao Eddie Murphy, pelo amor de Deus, que não vale mais a pena fazer filmes assim?
Me lembro do meu pai voltando feliz da locadora com "Pluto Nash" na mão, dizendo que alugou porque achava que ia ser engraçado. A família toda sentou para ver o começo. Mas nem meu pai ficou para o final.

Filmes ruins com humor sem graça. Nesse caso, essa é a lei de Murphy.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Pra ilustrar o soma



















Este blog está precisando de imagens.

Cyanide And Happines é uma versão venenosa do Cândido de Voltaire. Talvez com a mesma visão do bom francês, mas de forma mais escancarada. Não chega ao nível do original... mas tenta e (na minha opinião, muito afeita ao nonsense) tenta bem.

Cyanide And Happiness versão traduzida.

http://www.explosm.net/comics/1364/ aqui o link pro original.

A partir de hoje o soma tem posts diários. Alguns comentarão fatos do dia, alguns serão um ctrl c basicão e alguns manterão o esquema de sempre. Queremos mais leitores e mais confiança dos que já nos acompanham. E fama... muita fama.......... Alguém acredita?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Vergonha, quadrinhos e vergonha nos quadrinhos

Nem vou comentar a vergonha que senti ao vir somar um nada alguns meses depois de minha última passagem por estas virtualidades e me deparar com semanas de belos posts da profunda (pra quem, ao contrário deste que se envergonha, acompanhou as divagações da garota Soma) e profissional Marina Aranha. Mas já comentei. Passemos então para a adição de minha soma quase subtrativa de tão pequenina e fracolina.
.
A nona arte não é conhecida por histórias em quadrinhos sem razão. São histórias contadas em quadros pequenos que, como as pinturas do MOMA ou do Louvre, entre outros bastiões da fina arte mundial (cof cof), vão de péssimos a obras primas. E já há tempos o lado mais positivo das HQs tem conquistado o respeitável público. A biografia em quadrinhos Maus, de Art Spiegelman, que retrata a experiência do pai do autor, um judeu polonês, tendo que sobreviver ao holocausto, ganhou um prêmio Pulitzer especial, já que este tipo de premiação é sério demais para contar com uma categoria que englobe uma forma de expressão tão... cômica, valendo-se de uma tradução livre do inglês. O que dá prazer não é levado a sério, não rende cadeiras na ABL, para a sorte de alguns lobos e coelhos (seria assim a expressão?).

Temos outros milhares de exemplos de excelentes quadrinhistas como Quino com sua filosófica Mafalda, Joe Sacco com um Oriente Médio muito mais vivo e verdadeiro do que o dos jornais, Will Eisner que virou nome de prêmio do segmento. Por terras tupiniquins, temos Laerte, Marcatti, Lourenço Mutarelli etc etc etc.......
E, algumas semanas atrás, dois gêmeos brasileiros na estrada há um bom tempo e um estreiante gaúcho que acaba de lançar sua primeira HQ individual ganharam o prêmio Eisner (do Will citado acima) pela primeira vez na história dos quadrinhistas do Brasil. Trata-se dos irmãos Gabriel Bá e Fábio Moon (que ganharam 3 prêmios no total) e de Rafael Grampá. Mas o curioso não é só o ineditismo da premiação para brasileiros. Nem o baque de a primeira ver ser uma trinca. O que é realmente curioso é que todos estes prêmios foram para obras lançadas em inglês lá na terra de Obama.

Pra variar, tiveram que começar longe pra chegar perto da gente. Pra falar a verdade, provavelmente continuarão desconhecidos por aqui enquanto não desenharem mangás ou Turma da Mônica Jovem (vocês viram?).

Termino dando uma dica de quadrinhos também gringos e gratuitos pela WWW. Se você se vira nos 30 com o inglês vá CORRENDO dar uma olhada na ótima série Next-Door Neighbor da revista virtual SMITH, que merece ser percorrido de cabo a rabo por sinal. A série conta com história de Harvey Peakar, que criou o incrível American Splendor, fonte do filme homônimo (Anti-Herói Americano por aqui).
Alguém chegou até aqui? Se chegou, é possível que se lembre de eu ter dito que o post seria pequenino. Não é que eu seja mentiroso, sou incapaz de escrever (ou falar pouco), o que é uma pena. Como diria alguém muito mais sábio que eu: "Desculpe a longa carta, escreveria outra, menor, se tivesse mais tempo."

ps: agora o Soma tem pelo menos um leitor internacional... este post é em sua homenagem, JP.


sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Volta às aulas

No colegial, eu tinha um professor incrível chamado Tarcísio. Ele tinha as melhores histórias. Era um senhor, já. E tinha vivido as histórias. Aliás, queria saber onde ele está agora.
Mas não sei porque me lembrei de uma coisa que aconteceu no primeiro ano.

Não lembro, na verdade, qual assunto corria na classe. Eu não estava prestando muita atenção. A idéia, pelo que vagamente recordo, é que a gente não pode aprender certas coisas, mesmo que entendamos e estudemos o processo, por causa da biologia.

- Por exemplo...filha - me perguntou o Tarcísio - se você estudar e praticar, você vai conseguir voar?
- Se eu estudar e praticar? Vou, ué.

Eu não sei porque respondi que sim. Até hoje não sei. Tanto que ainda me lembro, como se ele estivesse aqui, agora, me perguntando.
E não foi da boca pra fora. Parei pra pensar: como não, se eu ficar treinando?
Acho que foi a pergunta mais óbvia que me fizeram na vida. E eu consegui errar.

Talvez seja porque segunda voltam as aulas e devo estar fazendo um balanço subconsciente de todas as burradas que já fiz em classe pra, talvez, perceber que pior do que já foi um dia, dificilmente será.

E se for, ué, saio voando da classe.

Mas, Tarcísio, se algum dia ler isso, me pergunte de novo. Agora já sei o que responder.
Eu acho.