sábado, 9 de agosto de 2008

Conflitos internos e externos

Pois não é que no primeiro dia após minha promessa em que deveria ter postado eu me esqueci... Pensei em inventar uma descula, dizer que o Seedy me deixou na mão ( o que é tão comum que nem eu ia duvidar de minha mentira), que meu Ipod pegou vírus e precisei levar para uma cirurgia... enfim, pensei em escapar pela porta dos fundos porque no último post de Marina Aranha, a autora fugiu de seu costumaz profissionalismo e me ACUSOU de fazer promessas em seu nome, ficando assim muito chato pro meu lado ficar sem escrever no meu primeiro dia pós-compromisso... Mas esclareço três coisas:

1- Esqueci mesmo. Tive muito tempo para escrever e mesmo assim não o fiz.

2-
Dona Aranha, apenas prometi com o nome Soma porque um professor de voz rouca e grave do curso de jornalismo me revelou: o pronome pessoal eu não deve ser utilizado no jornalismo. O motivo: é muito piegas. Eu concordo. Eu nunca diria eu em um veículo sério como o soma, já que eu sou também sério e eu não tenho a menor intenção de ser piegas. Eu espero que eu tenha deixado este ponto bem claro e quero frizar que a promessa foi feita em meu nome e cabe somente a mim não cumpri-la.

3- Não é fácil criar o hábito e disciplina para a construção de um texto a cada dois dias, mas o mais difícil é achar um bom tema, boas fontes e uma boa costura. Juntar os dois pontos então... Muito longe de minha capacidade.

Agora vamos à atualidade

CHINA
A abertura dos jogos olímpicos foi um espetáculo. Este que vos escreve só teve a oportunidade de ver um pequeno pedaço de uma reprise e alguns trechos que foram reproduzidos em looping por emissoras que não se permitem perder uma gota do suco. Do que vi, o que mais me espantou foram os blocos humanos. Cerca de 800 chinesinhos sem contato com os parceiros tinham que cronometrar os movimentos ensaiados por 10 meses pois não viam o que os outros (nem mesmo o que eles próprios) estavam fazendo. E nesta cegueira reproduziram a grande muralham, caracteres chineses e até as ondas formadas por gotas na água. Já dizia Guy Debord em A Sociedade do Espetáculo " Toda a vida das sociedades em que dominam as condições modernas de produção aparece como uma imensa acumulação de espetáculos"
Mas o mais esperado foi mesmo a queima de fogos. Os chineses são famosos por abrir fogo. Pelo menos desta vez não cobraram o preço dos rojões dos familiares dos que estavam presente. Este é outro costume chinês.

Na mídia

A Folha de S. Paulo abre a edição de hoje com uma foto da cerimônia de abertura, ocupando mais de dois terços da primeira página. Embaixo da foto avermelhada, a manchete: Russos invadem Geórgia após ataque a separatistas. O Estadão deu destaque igual à festa em Beijing, mas abriu com a matéria sobre o conflito.

CÁUCASO

Entenda o conflito Geórgia - Ossétia do Sul – Rússia





















Contexto: a continuação da guerra fria

A Ossétia do Sul, estopim do conflito, fia na região do Cáucaso do Sul (centro-sul da Eurásia) e declarou independência da Geórgia em 28 de novembro de 1991, após o colapso da União Soviética, mas não obteve reconhecimento de nenhum país. Com idioma, cultura e raízes étnicas diferentes da Geórgia, os ossetianos do sul querem se juntar à Ossétia do Norte, república autônoma da federação russa, o que não é aceito pelos georgianos, que representam menos de um terço da população de 70 mil habitantes (quase 90% com cidadania russa) da Ossétia do Sul.

A Geórgia tem o apoio dos EUA e, um gasoduto ligando a Rússia à Europa, o que faz do conflito uma herança da Guerra Fria trazendo a tona o que está realmente em jogo: a disputa de controle do Cáucaso entre Moscou e Washington.

Atual conflito

2004 – Eleito como presidente da Geórgia Mikheil Saakashvili, que declara a possibilidade de dialogar e conceder autonomia à Ossétia do Sul, contanto que a região continuasse como integrante do Estado da Geórgia.

2007 – Ossétia organiza referendo extra-oficial e as autoridades locais declaram que a esmagadora maioria rejeita a união com a Geórgia.

2008 – Abril :A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) declara admitir a possibilidade de incluir a Geórgia como membro da aliança militar. A Rússia, que não aceita a influência da Otan na região, se irrita e reforça laços com a Ossétia do Sul.

Julho: Governo russo admite a invasão do espaço aéreo georgiano, na região da Ossétia do Sul

Agosto: Geórgia ataca a Ossétia do Sul, buscando reunificar a região e Rússia responde ao ataque. Segundo Vladmir Putin, premiê russo, “a guerra já começou”.

FONTE: BBC / WIKIPEDIA/ FOLHA DE S. PAULO

2 comentários:

marina aranha disse...

nér-dê.

Unknown disse...

i-dem

haha zueira. interessantissimo. adoro esse lado barsa do soma =]