O dia 30 de julho caiu como uma bomba no mundo do cinema. Com uma diferença de horas, os diretores Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni morreram 'tranquilamente' em suas casas. O sueco em sua querida ilha de Farö, com 89 anos de idade, o italiano em Roma, com 94.
Ambos foram embora deixando carreiras sólidas, filmografias notadamente intimistas e pessoais, que revolucionaram não só o conteúdo, como também a linguagem cinematográfica.
A grande época do cinema teve seus dias, e a morte desses dois grandes mestres me alertou para dados assustadores:
Woody Allen está com 72 anos.
E produzindo que nem um maluco, como sempre.
Clint Eastwood, que entrega pérola atrás de pérola, está quase entrando na casa dos 80.
Toda a turma da nouvelle vague francesa (que era nova só em 1960) já se encontra na casa dos 70, com exceção do François Truffaut, que já se foi. Jean-Luc Godard, Claude Chabrol, Jacques Rivette, Alan Resnais e Eric Rohmer (o mais velho, com 87 anos) são ativos no cinema. Quem não suporta a 'nova onda' e tudo que tenha relação com a Cahiers du cinéma pode dizer que vaso ruim não quebra.
E tem um pobre coitado que está fazendo hora extra.
Manoel de Oliveira nasceu em 1908. 99 aninhos de cinema. De um cinema não lá muito interessante, por assim dizer.
Quem mais vai entrar no bolão pé-na-cova 2007?
Espero que nenhum deles.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Os passageiros
escrito por Anônimo em 14:47
categorias: cinema, ingmar bergman, michelangelo antonioni
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2 comentários:
muitíssimo bem lembrado, sr. bonillo!
triste ficarei quando woody partir :/
ele é quem escreveu sobre o criador do sanduíche! como viveremos sem o sanduíche?
Bolão pé na cova?
Sai pra lá, sai pra lá!
Nem em brincadeira!
A propósito, me gustaria muito ler algo sobre o Cheiro do Ralo.
Pois é, a vida é dura.
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