quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Minha(s) boa(s) ação(ões)

Andei pensando sobre meu esforço pela comunidade: nunca fiz trabalho voluntário.

Por mais que essa revelação traga à tona meu obscuro passado, devo dizer que não mais sou motivo de críticas. Pelo menos quanto a esse assunto. Começo com resoluções a curto e longo prazo para benefício de algo ou alguém. Muitos projetos.

Fui ao cinema assistir a "Ela é a Poderosa". Em inglês, "Georgia Rule". Desnecessário comentar a tradução, ainda mais se visto o filme.

E a felicidade tomou conta do set de filmagens (Foto: austinchronicle.com)

A promessa, ou pelo menos minha expectativa, era de uma mera diversão adolescente. O enredo trata de três mulheres da mesma família que se encontram para que Rachel, depois de brigar com a mãe, passe uns tempos na casa de sua avó, Georgia, e viva sob regras. Uma história exatamente sobre família. E verdades e mentiras.

Com o trio principal envolvendo a veterana Jane Fonda, a esposa desesperada Felicity Huffman e a menina malvada Lindsay Lohan, me surpreendi e confesso que apreciei a história. Mas essa é a hora em que você me pergunta: E a boa ação?

Paguei seis reais e cinquenta centavos pelo ingresso. Calculando o valor de um dólar como dois reais, desembolsei, finalmente, U$ 3,25. Tanta matemática serve, apenas - e acredito que não tenha valido a pena - para que cheguemos à conclusão de que ajudei a compor os U$ 25.000 dólares da fiança de Lindsay Lohan, que estava sendo presa no momento em que eu assistia ao seu filme. Contribuí para que ela tivesse liberdade, com o perdão do trocadilho, para voltar a guardar cocaína - que não era dela - em seu bolso. Discordem os que quiserem, mas a solidariedade colocou a menina malvada na cadeia.

Não desanimei, porém, e pensei em algo inovador para daqui a 4 anos - tempo suficiente para que a idéia seja amadurecida e conquiste fiéis. Apresentar-lhes-ei-a. Para o Pan de 2011 proponho que as TVs possuam geradores de caracteres, digo, GCs, digo, 'coisas escritas na tela', em espanhol.

Levando-se em conta que a América Latina compreende o espanhol, ou mesmo um portunhol ou qualquer que seja a mistura castelhana, deve-se guiar pela maioria. Todos se sentiriam mais em casa.

Não digo isso pelo grau de dificuldade do que se escreve: basicamente temos que ler 'golden', 'silver', 'bronze' e 'medal'. Palavras-chave.
Mas é aquela velha questão do imperialismo ou do 'quem manda aqui', na qual insisto e ninguém dá bola.

Acho que devo começar mesmo é com um gesto simples, então.
Hmm..
Minha calça tem bolsos. Alguém quer que eu guarde alguma coisa?

5 comentários:

Daniel Serrano disse...

Guarda meus dadinhos? Os de comer, não de jogar.
O Pan em espanhol é interessante. Só faltaria mudar o nome pra Pão. Sem mais trocadilhos, concordo.

Anônimo disse...

O Pan e suas locuções em três línguas. No começo achava engraçado "Olha mãe, é assim que fala COM VOCêS, A DELEGAÇÃO DE CUBA em inglês e em espanhol!" Mas nas horas seguintes, eu já não aguentava mais. E era uma dificuldade conseguir entender qual aparelho da ginástica artística estava sendo premiada de acordo com o GC.
A propósito, não sabia que quando o Pan é nos EEUU ou em algum outro país, o locutor fale em português também.
Sou a favor de ser tudo em português (quando for no Brasil) para estimular as outras nações a aprenderem o básico da Lingua Portuguesa. (Tá, isso pode ser demais, mas seria interessante os ginásios de Babel).

E sobre Lindsay, lamentável. O que adianta talento quando se tem uma alma de família Hilton?

Anônimo disse...

Credo!
"A propósito, não sabia que quando o Pan é nos EEUU ou em algum outro país..."

É o imperialismo norte-americano dominando meu sub-inconsciente (está certo? nunca escrevi essa palavra.rs)


.medo.

Yuri K (A) disse...

Falando em trabalho voluntário e a mentalidade "onguista filantrópica do sono tranquilo" Aracnojongueira, veja o filme Quanto Vale ou É Por Quilo do Sérgio Bianchi! Se tiver interessada, eu tenho ele em avi no computador e tem pra locar na 100% Vídeo da avenida Anchieta, em frente a prefeitura!

Anônimo disse...

Eu dou bola e apóio seus futuros planos. Aproveitando seu primeiro passo rumo ao trabalho voluntário, peço para guardar os meus 4 reais que gastarei num cinema mais barato.
Finalmente, te parabenizo pela grande ação de ter escrito tão boa crítica. Mesmo que tenha a Lindsay Lohan envolvida!