segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O desespero das donas de casa

Perdi a estréia, mas conferi a reprise. Que pena. Antes eu ficasse com a Gabrielle Solis de Eva Longoria e nunca visse Franciely Freduseski como a 'Gabriela' do mesmo sobrenome.
Mas isso vai além de minha preferência estética pela primeira. Tem a ver com o que faz a Solis ser a Solis em Desperate Housewives e, como fiel adaptação, o que falta à Solis de Donas de Casa Desesperadas. Falta TUDO. E assim foi. Ou vai sendo.

Antes fosse, de novo, apenas isso.

Daria para aceitar uma Gabriela 'capenga', mas não uma Mary Alice, traduzida como Alice Monteiro, narrando 'como se estivesse morrendo'. O problema? Ela já morreu. E nos primeiros minutos do primeiro capítulo.
Na história do seriado, Mary Alice comete o suicídio logo no início, deixando um grande mistério que norteia a vida das donas de casa desesperadas. Por causa disso, a atriz que interpreta a personagem passa o resto do seriado narrando a história de cada um dos episódios. E faz isso de tal forma que se você já ouviu alguma vez, sempre vai saber que aquela entonação é de "Desperate Housewives".

Será que não valeria a pena, então, uma atriz com técnicas de atuação não tão boas, mas com uma voz identificável e forte do que uma Sônia Braga e toda a sua experiência com uma voz que dá sono?

Não dedicarei um tempo específico a cada uma delas. Quem já viu a versão original sabe que pouco há de se fazer em termos de comparação (Lucélia Santos = Teri Hatcher?), mas deve ser ressaltado o bom trabalho de Teresa Seiblitz como Lígia Salgado (ou Lynette Scavo). Apesar da grande responsabilidade de ser a referente à atriz Felicity Huffman, Teresa conseguiu transmitir o desespero de Lígia em uma boa performance.

Os coadjuvantes vão como as protagonistas. Uns não deviam estar lá, outros se adaptaram bem ao papel, como Alexandre Schumacher, intérprete de Carlos Solis.

Já os "filhos" são o grande problema. Filhos de Elisa (Viétia Zangrandi), Lígia e Susana (Lucélia Santos). Todos 'hablan español' e são dublados por charmosas vozezinhas. Ai.

A sugestão que dou é: assista a um e nunca ao outro. Comparações não são possíveis de forma alguma.

Mas se tiver TV a cabo, sabe como é..Faça juz ao precinho mensal e usufrua dos canais, conferindo, na Sony, a versão que deu origem à da RedeTV.

Se não tem, veja a versão brasileira e, se alguém te convidar para assistir à norte-americana, invente uma desculpa.

*Marina Aranha não quis ofender ninguém, muito menos difamar. Tudo bem que isso está na internet e qualquer um pode ler..Mas ninguém lê mesmo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Deixar as donas de casa desesperadas, esse é o intúido da série.
No início, eu estava animado com a adaptação da série que, mais tarde, se revelaria uma cópia de mal grado. Com um elenco razoável e global, era de se esperar um bom resultado. Veja as novelas "globais" feitas pela Record. Ao importar elenco e produção da maior emissora produtora de telenovelas do país, o canal do bispo tem conquistado um público noveleiro fiel devido a boa qualidade das novelas produzidas. Infelizmente, o mesmo não acontece com a RedeTV! Apesar das piadinhas, fiquei animado com o projeto, mas é uma pena não ter dado certo. O elenco é em sua maior parte mal dirigido, os cenários são MUITO artificiais (dignos de comerciais para televisão estrelado por ana Maria Braga de novos residenciais em cidades de interior), a dublagem das crianças segue o padrão SBT de qualidade e a narração é de causar aflição até em surdo.
Dizem que a série é uma cópia da original, e que a parte de adaptação se restringe a troca de atores, locações e idioma. Logo, assumo que a história é a mesma. E é isso que me deixou intrigado: como uma história tão desinteressante (como a mostrada nessa versão Hebert Richards) pode ser sensacional, que é o caso do piloto original?

Não gostei de Lucélia Santos; achei irritante a Lígia; mesmo sexy, a Gabriela não é caliente como Gabrielle e trazer uma atriz de nome internacional para o papel da misteriosa Alice foi a pior escolha para o elenco, já que a narração compromete muito o desenvolvimento do episódio. Infelizmente, o que me agradou foi apenas a Isadora Ribeiro (apesar de caricata, convincente) e o Carlos, bem fiel ao original (mesmo tendo visto poucos episódios de "Desperate", já deu para sacar qual é a do cara *vestígios Timpone na frase. desculpe*

Enfim, foi mais ou menos a mesma coisa que você achou e é uma pena saber que a emissora pretende preencher a sua grade com séries de segunda a sexta no mesmo horário de "Donas de Casa". Espero que não seja mais "adaptações fieis".

Anônimo disse...

Concordo contigo, o seriado americano é focada em insights daquele país e a versão tupiniquin uma tradução com pouco sentido para a nossa realidade. Abs

Anônimo disse...

Vc, que estuda jornalismo e tals, se um dia tiver a oportunidade de entrevistar o cara q teve a idéia de fazer a versão brasileira da série americana, promete que coloca uma coisa na pauta? Pergunte se alguma vez ele foi ao Mc'Donalds, pediu um Big Mac e colocou uma fatia de mortadela no meio do lanche.

Talvez a idéia pareça ridícula pras pessoas normais', mas não pro criador ("criador") de Donas de Casa Desesperadas.

É cada idéia de jericho :p

Anônimo disse...

é a eterna mania de fazer remake de coisa boa

Anônimo disse...

portanto nem li.

ps: contratem o zé para o blog, cada comentário dele é um post.

Anônimo disse...

Odeio anônimos e isso é um fato. Ou seria o fato? Ou seria olfato? Associo.