Meu professor não gostou muito desse texto. Disse que está muito poético pra ser um artigo. Sendo assim, não vai entrar no jornalzinho. Discordo, mas não discuto. Aqui – para azar de quem lê – ninguém controla o que escrevo. Então vai lendo aí, mano.
É como tirar o mínimo múltiplo comum entre os oito ‘portugueses’. E o resultado é a unificação da língua portuguesa entre 8 países. Quatro deles com o acordo já certo: Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
São tantas novas regrinhas, como o desaparecimento de qualquer acento usado para diferenciar palavras. Em “para” e “pára”, por exemplo, ninguém vai saber quando "parar" e quando "dar para". Ou o que for.
É como tirar o mínimo múltiplo comum entre os oito ‘portugueses’. E o resultado é a unificação da língua portuguesa entre 8 países. Quatro deles com o acordo já certo: Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
São tantas novas regrinhas, como o desaparecimento de qualquer acento usado para diferenciar palavras. Em “para” e “pára”, por exemplo, ninguém vai saber quando "parar" e quando "dar para". Ou o que for.
O trema sumiu. Mas isso nem é tão importante, afinal não acredito que alguma vez ele tenha tido apelo entre os que fazem uso do bom e belo português.
Por outro lado, o hífen sempre atrapalhou. Ora no plural de substantivos compostos, ora apenas na questão: aonde ele vai mesmo?
E agora esse mesmo ponto fica ainda mais complicado: o hífen some quando o segundo elemento da palavra começa com “r” ou “s”.
Até aí, mais ou menos tudo bem.
Mas começam as exceções: quando o prefixo é terminado em “r”, o hífen se mantém.
E assim vai..
A idéia de trazer um formato da língua para os oito países visa a universalização e até maior facilidade em constituições internacionais. O português, terceira língua mais falada do mundo, sofreu muita influência dos imigrantes, africanos e principalmente dos povos indígenas, construindo, assim, uma identificação brasileira com a língua.
Mais do que trazer o re-aprendizado do português, a mudança unifica aquilo que caracteriza um povo, que traz a identidade, a história e a cultura de uma nação.
Não importa que, durante o passar dos anos, ‘vosmicê’ tenha chegado ao “você” e que hoje escrever apenas um “vc” resolva a situação.
Porque aí é um povo que se adapta, durante décadas, a uma língua, e não uma língua que se adapta, durante meses, a oito povos.
O resultado de tudo isso: um acerto de contas com letras. A unificação daquilo que distingue. E por isso diversifica.
Aliás, não será apenas um problema para pessoas: o Word já está acostumado em acentuar sozinho e o ‘Clips’ adora dar umas dicas. Vai ter que mudar, Clips!
Português por português, preferia que esse texto fosse aquele em que o Manoel vai assaltar o Joaquim, grita “Pare” e Joaquim responde Ímpare.