Acabei de ler - há uma semana, é verdade - o último livro da Fernanda Young, "Tudo que você não soube". A personagem principal, sem nome, escreve uma carta para seu pai que está morrendo, com o intuito de dizer tudo o que ele não soube - ou sabe - sobre a vida dela.
Acho a Fernanda genial. Não só por "Os Normais", "Os Aspones", "O Sistema" ou até mesmo o seu programa no GNT. Mas porque, além de escrever sobre diferentes temas e ter tiradas das mais hilárias em qualquer um deles, ela satiriza os ridículos do cotidiano de uma forma legitimamente brasileira.
Há quem diga que há muito de "Seinfeld" em "Os Normais" e que "Os Aspones é imitação do "The Office", mas pra quem viu o vídeo de comemoração do "Penta" por Rui e Vani - só para citar um momento -, "Seinfeld" passa a não ter tanta referência assim com os brasileiros como a criação de Young e Alexandre Machado.
É claro que sempre haverá a "Teoria da Conspiração" que não enxerga um produto nacional de extrema qualidade, melhor do que qualquer "Malhação" e uma das poucas coisas a se aproveitar na grade da Rede Globo.
Conspiração por conspiração, o lado dO Sistema é mais divertido: melhor do que culpar a Fernanda por imitar os americanos é acreditar que eles "criaram" a chegada do homem à Lua aqui mesmo no Brasil e que o E.T de Varginha nada mais "foi" do que um astronauta americano anão.
E, voltando ao livro, uma história cheia de referências, que prende na leitura e ainda tem frases ótimas pra se grifar. Uma das que escolhi é, embora ninguém tenha perguntado: "Meu marido, coitado, já me disse milhares de vezes: não parcela. Parcelar é estupidez. Mas eu acho que não. Estamos todos diariamente morrendo, então parcelar é sempre vantagem. Um dia morrerei e defunto não tem dívida - ou seja: sairei ganhando."
Como sempre redundante depois de um texto que promove um filme, um livro ou uma peça, "indico" a leitura. E quem quiser, já sabe, eu empresto!
Só pra constar: o título do post é o nome do livro, que tá escrito embaixo na foto da capa e logo no primeiro parágrafo eu ainda repito. Não é porque subestimo a capacidade do leitor de entender. É uma questão de erro mesmo, mas que dá preguiça de consertar.
9 comentários:
Aiaiai, Fernandas de minha vida. Se não é Torres, é Young. Há um tempo vi ela dando uma entrevista que mencionava seu livro. Pensei em adquiri-lo porém esqueci completamente de sua existência. Agora, com esse post, renasceu a vontade de conferir o livro. Só não peço emprestado no momento pq, sacomé, final de semestre, muita coisa pra fazer, muitas séries atrasadas para serem colocadas em dia e pouco tempo para diversão (não, por mais que pareça diversão, série é vicio).
Que venha logo 20 de dezembro para finalmente conhecer o lado literário de Fernanda Young.
Bons são os marcadores de textos dos livros dela. E tenho dito.
Então, depois da carta ao pai de F. Kafka, veio a de F. Young. E o comentário não tem nada de pertinente. lol
A propósito, há já pessoas na lista de empréstimo?
a carta ao pai do kafka é tão burocrática e cheia de pompa (acho que o pai deve ter cochilado durante a leitura) que parece mais um "processo" (ha-ha). esse martelo na capa me chamou a atenção na livraria (as páginas que tem dentro, não muito)
isso eh livro de reaça
fernanda young eh reaça!
nem tem um vermelinho na capa
vc acabou d me salvar..
vou passar 4 (QUATRO!) dias em um hotel fazenda com a minha mae e procurava, desesperadamente, por uma indicação literária q me mantivesse viva (msm q respirando por aparelhos ;p)
vou conferir!
beijos!
cheguei a este blog sem querer... mas nem tanto. vou dar este livro de amigo secreto logo em seguida... mas já bateu a raiva por não me presentear com ele... enfim.
beijos
se cuida!
Cheguei aqui enquanto procurava informação sobre o livro para presentear.
Conquistou-me de vez. Com certeza comprarei agora mesmo no Submarino.
Aproveito para deixar uma dica: quem é assinante da Ed. Abril tem 15% de desconto nos livros do Submarino e lá está sem frete (pelo menos hoje).
Muito bom o post.
Vou dar uma lida no blog para conhecê-lo.
Abraço
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