segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"Tudo que você não soube"

Acabei de ler - há uma semana, é verdade - o último livro da Fernanda Young, "Tudo que você não soube". A personagem principal, sem nome, escreve uma carta para seu pai que está morrendo, com o intuito de dizer tudo o que ele não soube - ou sabe - sobre a vida dela.

Acho a Fernanda genial. Não só por "Os Normais", "Os Aspones", "O Sistema" ou até mesmo o seu programa no GNT. Mas porque, além de escrever sobre diferentes temas e ter tiradas das mais hilárias em qualquer um deles, ela satiriza os ridículos do cotidiano de uma forma legitimamente brasileira.

Há quem diga que há muito de "Seinfeld" em "Os Normais" e que "Os Aspones é imitação do "The Office", mas pra quem viu o vídeo de comemoração do "Penta" por Rui e Vani - só para citar um momento -, "Seinfeld" passa a não ter tanta referência assim com os brasileiros como a criação de Young e Alexandre Machado.

É claro que sempre haverá a "Teoria da Conspiração" que não enxerga um produto nacional de extrema qualidade, melhor do que qualquer "Malhação" e uma das poucas coisas a se aproveitar na grade da Rede Globo.

Conspiração por conspiração, o lado dO Sistema é mais divertido: melhor do que culpar a Fernanda por imitar os americanos é acreditar que eles "criaram" a chegada do homem à Lua aqui mesmo no Brasil e que o E.T de Varginha nada mais "foi" do que um astronauta americano anão.

E, voltando ao livro, uma história cheia de referências, que prende na leitura e ainda tem frases ótimas pra se grifar. Uma das que escolhi é, embora ninguém tenha perguntado: "Meu marido, coitado, já me disse milhares de vezes: não parcela. Parcelar é estupidez. Mas eu acho que não. Estamos todos diariamente morrendo, então parcelar é sempre vantagem. Um dia morrerei e defunto não tem dívida - ou seja: sairei ganhando."

Como sempre redundante depois de um texto que promove um filme, um livro ou uma peça, "indico" a leitura. E quem quiser, já sabe, eu empresto!

Só pra constar: o título do post é o nome do livro, que tá escrito embaixo na foto da capa e logo no primeiro parágrafo eu ainda repito. Não é porque subestimo a capacidade do leitor de entender. É uma questão de erro mesmo, mas que dá preguiça de consertar.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

"A Graça da Vida"

Depois de milênios, volto ao Soma. Não vou repetir que tiro a poeira, como fiz da última vez, quando também ressurgi das cinzas. Mas é a tensão de final de semestre..todo mundo conhece! E se você precisa agendar horário no CRAV pra gravar e editar um mini-documentário, aí sim a vida vira um inferno.
Mas cá estou e, devo dizer, só para finalizar minha justificativa, que meu último post aqui falou da Maiara, né? Alguém percebe alguma ligação com a 'pé frio'? Eu sim.

Enfim..Essa é mais uma segunda estressante, nublada e sem assunto. Não totalmente sem assunto, na verdade.

Sexta fui com meus queridos amigos ao 'Teatro Tim', ver "A Graça da Vida".
Seria uma piada bem triste e previsível dizer que foi uma 'graça'. Mas foi! E melhor do que dizer isso, é destacar algumas partes..

O texto, de Trish Vradenburg, foi adaptado por Paulo Autran e mostra a relação de uma filha (Graziella Moretto) com sua mãe (Nathalia Timberg), que sofre do mal de Alzheimer.
Eu sei que é clichê dizer que "em meio a risos e lágrimas, a platéia se divertiu". Mas é verdade! Eu vi! E quem foi viu!

Nathalia Timberg dispensa comentários e apresenta uma grande performance como Grace, a mãe com Alzheimer. E não é diferente com Graziella Moretto. Ela protagoniza e está o tempo todo em cena - algumas vezes mesmo quando não faz parte dela. Além disso troca de roupa 1437 vezes. Isso mesmo. Eu contei.

No final ainda consegui tirar uma foto com ela. Claro, é a Maristela dos Normais! É deveras engraçada. E sim-pática, diga-se de passagem. Aliás, devo agradecê-la por ter visto que a máquina não ia tirar a foto direito do jeito que eu e minha amiga tentamos. De fato, as duas primeiras saíram embaçadas. Obrigada!

Devia ter dito a ela que a vi no "Beijo no Asfalto" quando estava em cartaz também no Tim. E duas vezes, ainda! Não sei o que isso mudaria em nossa relação mas eu poderia ter trocado uma idéia, né? Não sei o que acontece..Mas foi assim com o Selton Mello também. Só consegui dizer pra ele que 'tava tímida'. Mais nada. Acho que é por isso que ele ainda não me pediu em casamento..Acho que não demonstrei o suficiente e ele ficou com medo de levar um 'não'. É. É isso mesmo!

A quem interessar - e volto a recomendar -, a peça fica em cartaz em Campinas até o dia 25/11 e, para conhecer um pouco mais, é só entrar no site, bem aqui.

Aliás, só queria comentar a estrutura arquitetônica do teatro: acho complicado duas portas de saída pros atores. A gente nunca sabe por onde eles vão sair e, pra não perder o autógrafo, algumas pessoas pularam no palco assim que a peça acabou. Eu não. Eu dei a volta. Mas se ficasse esperando na porta da frente, teria perdido a oportunidade. Só isso.

Bom..Agradeço a atenção e me despeço com a promessa de que nunca mais escrevo sobre a Maiara.

Até!

*Marina Aranha no começo gostou da idéia de colocar um asterisco no fim da página falando algo sobre ela. Agora, não aguenta mais.