Já usei este espaço, algumas vezes, pra escrever sobre a Fernanda Young. Quem me conhece, também sabe que às vezes gasto um tempo falando sobre ela e as coisas que ela escreve. Mas nada de idolatria, de beijar o chão em que ela passa ou "você é famosa, vamos ser amigas". Não acredito nessas coisas e não sei porque elas existem. Admiração, outra coisa, completamente diferente, justifica o que digo. Queria sim escrever como ela e ter as idéias que ela tem. Não a conheço pessoalmente, por isso não digo que quero ser como ela. Mas queria sim, pelo que vejo, ser uma tentativa frustrada ao menos.
Tudo isso, no fim, pra dizer que a Fernanda sempre diz que seus romances dizem muito sobre si mesma. E dizem tanto, que ela nem pode dizer o que. Digo isso porque posto abaixo não um romance - jamais, atenção, ousaria -, mas uma história parcialmente fictícia. Mas só eu sei e saberei o quão verdadeira é - e talvez mais um, dois ou três alguéns. Mas não acho que seja possível dizer exatamente. E as comparações - que nunca existiram - se encerram por aqui.
"Ontem, quase bati o carro indo pra faculdade. Óbvio que a culpa não foi minha. Por mais que dizer isso faça parecer o contrário.Também troquei a medalha de bronze do Brasil por uma de ouro. Mordi minha língua enquanto mastigava um bife.Um bife, aliás, terrivelmente salgado.
Fui dormir ontem e acordei hoje. É.
Hoje, falei muito o que não devia. O que não precisava, talvez. O que incomodou, certamente.
Fiz brincadeiras com humor zero e inconveniência cem. Não perdi a piada, quase perdi o amigo e percebi que não acredito mais no que acreditava. Não perco mais o amigo. Perco sim a piada.
Enquanto vejo TV, lembro que tenho que trocar de roupa. Mas lembro também, que não fico bem em qualquer uma delas.
Que meu cabelo está pior do que nunca.
Que quero comer alguma coisa.
Que, se abrir a geladeira, não vou querer comer mais nada.
E que esqueci meu casaco preferido no restaurante...
A semana ainda não acabou. Tá no meio. Mas não, não vou pensar que ela não está boa e que comecei com o pé esquerdo. Não! Vou sair e levar a vida ué.
Mas tá frio.
Onde eu pus meu casaco?
Ah..."
O título? Sem graça mesmo. Em todos os sentidos.
Um comentário:
Já falei que eu gosto do que vc escreve?
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